Formação continuada e o papel do professor como protagonista do ensino
A atuação docente se vê na necessidade de acompanhar as mudanças da sociedade e enfatizar o sentido sociocultural dos conhecimentos que estão em constante transformação. No contexto da experimentação cientifica, as novas práticas podem ser analisadas e testadas a cada dia no vasto campo das pesquisas científicas que abrangem cada vez novos setores. Investir no processo de formação continuada e prática docente é o modo efetivo para o aperfeiçoamento do ofício do professor.
A formação docente está atrelada a uma concepção de atualizações, tecnologias e pesquisa, sendo essa a busca das sociedades modernas e instituições de ensino que prezam a formação continuada daqueles que são protagonistas no processo de ensino e aprendizagem. Maar (2010) aponta que a centralidade do trabalho deve ser analisada tendo em vista as formas de produção e interação entre aqueles que constroem a educação. Dessas interações, os sujeitos se produzem e, por consequência, produzem conhecimento.
Para Libâneo e Pimenta (2000), ao observar a natureza do trabalho docente, que é facilitar o acesso do aluno ao conhecimento, espera-se que os cursos de formação continuada destinadas a este público (professores), desenvolvam as competências, habilidades, atitudes e valores necessários para que este profissional desenvolva o seu saber fazer e se identifique como membro essencial do processo dos desafios cotidianos trazidos pela prática social do ensino.
Na capacitação em experimentação científica proporcionada aos professores do Colégio Novo Alvo, o desafio foi efetivo como reflexo no desenvolvimento de competências, e nesse sentido, a centralidade da formação continuada deve ser considerada para um colégio que se preocupa com a formação não só do aluno mas também dos professores. Segundo Tardif (2000) o educador não é somente um profissional que absorve e transmite conhecimento; seu papel vai além:
Um professor de profissão não é somente alguém que aplica conhecimentos produzidos por outros: é um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume sua prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, que possui conhecimentos e um saber fazer provenientes de sua própria atividade, e a partir dos quais ele estrutura o conhecimento e orienta o seu aluno com excelência, determinação e curiosidade do saber (TARDIF, 2000, p. 230). “O que ensina, dedica-se no fazê-lo”. Romanos 12:7
Por: Monique Borges Codogno | Coordenadora de projetos da área de Humanas
Bibliografia:
- LIBÂNEO, J. C.; PIMENTA, S. G. Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Educação & Sociedade, ano XX, no 68, dez. 2000.
- MAAR, Wolfgang Leo. A dialética da centralidade do trabalho. Cienc. Cult. [online]. 2010, vol.58, n.4, pp. 26-28. ISSN 2317-6660MASETTO, M.T. Competência Pedagógica do Professor. São Paulo, Summus, 2003. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v58n4/a14v58n4.pdf>. Acesso em: 15 Set. 2021.
- TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abr, 2000. Disponível em: <http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE13/RBDE13_05_MAURICE_TARDIF.pdf>. Acesso em: 15 Set. 2021.