Saúde emocional
Durante este período de incertezas que estamos vivenciando, o que mais tem afetado a sociedade, de um modo geral é a saúde emocional, seja por ter perdido algum ente querido, por necessidade financeira ou pelos seus planos serem frustrados. Pensando na comunidade escolar: pais, alunos e professores, a psicóloga do colégio, Cristina Ferreira desenvolveu projetos para auxiliar a todos, nesta questão.
O Colégio Novo Alvo sempre se atentou à questão da saúde emocional dos alunos e do ano passado para cá, os atendimentos cresceram muito. A profissional tia Cris (como é chamada carinhosamente pelos estudantes) conta que as principais causas são: ansiedade, medo e conflitos familiares. Outro ponto que mudou durante o isolamento é a procura dos pais e responsáveis por esse atendimento. “Antes, nós como escola íamos até os pais e desde o ano passado esse cenário mudou, muitos estão nos procurando para saber como eles devem lidar com os filhos na continuidade do isolamento social, em algumas questões como o uso sem limites dos aparelhos eletrônicos, a dificuldade de manter regras e a falta de diálogo”.
Todos os atendimentos são feitos de forma personalizada, ou seja, de acordo com o que o paciente necessita. Eles estão sendo realizados de forma presencial (com agendamento e seguindo todos protocolos de segurança) e on-line.
Acompanhe abaixo a entrevista executada com a psicóloga e graduanda em psicopedagogia, Cristina Ferreira:
Entrevistadora:
Qual ou quais foram as principais mudanças no comportamento emocional das crianças e adolescentes em meio a pandemia?
Entrevistada:
O aumento da insegurança, medo, as questões de incertezas sobre o futuro, as crises de ansiedade, o fato de não poder ir e vir de um local, nos ambientes que antes estavam inseridos naturalmente.
Entrevistadora:
Você acredita que em meio a situação que estamos vivendo, os pais começaram a enxergar os filhos com outros “olhos”?
Entrevistada:
Acredito que os pais estão mais dispostos a dialogar, percebo que muitos procuram ajuda para auxiliar os filhos, para que passem por isso da melhor forma possível, o termo mais utilizado é sem dúvidas, a empatia, pois sabem que para as crianças e para os adolescentes ficarem sem ter o contato com seus amigos, colegas e familiares é mais doloroso do que para um adulto.
Entrevistadora:
Qual ou quais foram os frutos colhidos com esse acompanhamento psicológico que o colégio está fazendo?
Entrevistada:
Os melhores possíveis, muitos alunos e familiares foram beneficiados, inclusive com uma melhor comunicação em seus lares, na redução de sintomas e crises de ansiedade, e compensatório escutar de um pai um agradecimento por ver que seu filho está mais calmo, mais tranquilo e até mais paciente, inclusive sendo mais organizado e responsável.
Um novo projeto em andamento
Em parceria com o professor de Educação Física foi criado neste primeiro bimestre o projeto que visa alertar sobre os riscos da obesidade na infância e adolescência.
Para finalizar, a especialista contou que a ideia veio por conta da dificuldade de manter uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos no isolamento.
Além de ensinar a parte acadêmica, o colégio tem como objetivo incentivar todos os alunos a cuidarem de suas saúdes, (de dentro para fora), pois é uma dádiva concedida por Deus.
Por: Monique Borges Codogno | Coordenadora de projetos da área de Humanas