MATÉRIA 2 – 7 PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA SOBERANIA
Argumentar é discutir mas, principalmente, é raciocinar, é deduzir e concluir. A argumentação deve ser construtiva na finalidade, cooperativa em espírito e socialmente útil. – Whitaker Penteado –
No Princípio da Soberania, Deus é revelado à humanidade através do seu poder de raciocínio e de criação. Desde o Éden, Deus ensina o homem a desenvolver padrões de pensamentos semelhantes ao dEle, dando assim a oportunidade de criação, a liberdade de escolha, de planejamento e de cooperação com Ele. Nesse desenvolvimento do pensamento, o homem é conduzido ao poder de realizar a à capacidade de inventar.
O conceito de poder, de acordo com a palavra grega no Antigo Testamento, significa: executar, entregar, fazer. Já o dicionário Webster (1828), define a palavra fazer como: inventar, formar, levar a agir, poder miraculoso para criar, faculdade de realizar algo, habilidade ou capacidade, soberania de alguém investido de autoridade.
A Soberania Absoluta de Deus se evidencia através da sua criação e da sustentabilidade das coisas criadas (Cl. 1.16) e se apresenta de forma externa, ao contemplarmos as suas obras. Internamente, a Soberania de Deus é revelada no poder que Ele dá ao homem como seu representante para planejar, avaliar e executar, sendo esta uma esfera limitada dessa Soberania.
O problema aparece quando o homem tenta exercer o seu domínio de forma egoísta e sem a participação de Deus, elevando mais a criatura do que o Criador. É o caso das grandes descobertas ou uso da ciência sem ética e sem o reconhecimento de Deus como fonte da razão e do poder criativo. Para complementar esse contexto, é possível analisar a definição de egoísmo segundo o dicionário Webster: Considerar o interesse próprio como único ou principal; influenciado em suas ações por um ponto de vista de vantagem pessoal; amor excessivo a si mesmo ou auto preferência, que leva uma pessoa em suas ações a dirigir seus propósitos para o progresso de seus próprios interesses; poder e felicidade, sem considerar o interesse de outros. Por outro lado, temos aqueles que cultivam uma mente passiva e improdutiva, que não se abrem e nem se dispõe ao conhecimento e ao desenvolvimento cognitivo.
Considerando a natureza egocêntrica e, ao mesmo tempo, passiva do ser humano, para que haja um equilíbrio e justo uso desse poder outorgado por Deus, as ações do homem devem ser pensadas a partir da perspectiva da palavra de Deus que delega aos pais, professores e líderes, como seus representantes, as responsabilidades de: ser exemplo, disciplinar, transmitir valores, senso de coletividade. Além disso, cabe a eles abordar temas nas áreas de ética, cidadania, deveres civis e sociais, preservação da natureza e da biodiversidade, liderança servidora e ações piedosas, pensamento científico e pesquisador, raciocínio lógico e produção de conteúdos para desenvolvimento humano.
Cristo foi a manifestação viva da Soberania de Deus na sua forma mais altruísta e ativa. Desde a sua infância, nos seus ensinamentos, nas suas palavras, nas suas ações com o próximo e também em seu sofrimento, ele calou a boca do raciocínio tolo que visava somente o benefício próprio. Uma vez habitando em nós como Senhor e Salvador pessoal, a forma de pensar de nosso criador passa a estar em nós (I Coríntios 2.16). Dessa forma, cada indivíduo deve esforçar-se para exercitar e disciplinar sua mente, pesquisando em fontes primárias e fundamentando seu conhecimento a partir das premissas da palavra de Deus, a fim de expressarmos a Soberania do Pai como Jesus o fez.
Se temos um padrão de pensamento a exercitar, que seja este: Deve-se sujeitar todo o fazer Pedagógico, seja na autoridade para disciplinar, seja na capacidade de transmitir valores ou no desenvolvimento do raciocínio e do pensamento científico à Soberania de Deus como fonte de todo pensamento, de toda razão e de toda ciência, pois seria insanidade viver, descobrir e administrar o mundo de Deus como se ele não existisse.
Por: Lucimara Danielli Santana Gonçalves – Diretora Pedagógica Colégio Novo Alvo | Graduada em Pedagogia pela Universidade Padre Anchieta com Especialidade em Inclusão Social e Deficiência Mental e pós-graduada em Educação Cristã pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Bibliografia:
- WEBSTER’S, Noah. American Dictionary of the English Language. 1828. Online Edition. Disponível em http://webstersdictionary1828.com/Dictionary/. Tradução livre.
- JEHLE, Paul. As Sete Colunas da Sabedoria. Tradução de Célia Cravello. Belo Horizonte: MG. AECEP, 2007.
- BRITO, Hélvia Alvim Freitas. Cristãos em tempo Integral: Vivendo os princípios Bíblicos. Belo Horizonte: MG. Publicação da Igreja Batista da Lagoinha.2011.
- BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. São Paulo: Paulinas Editora, 2005. 1464p.
- Capacitação em Educação por Princípios – Fundamentos, conceitos e práticas – AECEP 2013
- Cury, Augusto Jorge. Análise da inteligência de Cristo : o Mestre dos Mestres / Augusto Jorge Cury — São Paulo: Academia de Inteligência, 1999.
- Site https://aecep.org.br/os-sete-principios-estabelecendo-o-raciocinar-por-principios/